O General sudanês Mohammed Ahmed Mustafá al-Dabi, chefe da equipe de monitoramento da Liga Árabe, que está avaliando se a Síria está agindo para acabar com os nove meses de repressão sangrenta aos protestos que tomaram conta do país nesse período, disse neste sábado (24) que pretendia viajar para lá no fim do dia. Dabi falou com jornalistas na sede da Liga, no Cairo, depois de conversações com o chefe da Liga, Nabil Elaraby. O primeiro grupo de monitores, com cerca de 50 pessoas, deve viajar para a Síria na segunda-feira. Chocados com um crescente número de mortos depois que a Síria colocou seus soldados e tanques contra manifestantes antigovernistas, os países árabes têm pressionado Damasco para que permita a entrada de uma equipe, de até 150 observadores, para testemunhar o que está acontecendo lá. Mas, um dia depois que os representantes da Liga chegaram para preparar a chegada dos monitores, dois ataques simultâneos de carros bombas suicidas atingiram Damasco, matando 44 pessoas no evento mais sangrento na capital desde que os protestos contra o governo começaram em março. "Estou otimista que a missão dos monitores será bem sucedida e que eventos desse tipo não afetarão a missão," disse Dabi aos jornalistas. O presidente Bashar al-Assad enviou tanques e soldados para tentar reprimir os nove meses de protestos inspirados em outras revoltas árabes deste ano. Mas as explosões de sexta-feira, no centro de Damasco, mostraram que houve uma dramática escalada da violência, que as autoridades sírias dizem ser culpa dos grupos armados que, segundo elas, já mataram dois mil soldados e membros das forças de segurança, este ano. A ONU diz que a repressão de Assad já matou cinco mil pessoas. A missão dos monitores da Liga Árabe é a primeira desse tipo de uma organização caracterizada, até pouco tempo atrás, pelo apoio incondicional aos governantes autocráticos dos seus países membros.
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