A gripe H1N1 está causando sintomas brandos que desaparecem sem remédio na maioria dos pacientes, mas os médicos devem ficar alertas para sinais indicativos de casos graves, disse a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, nesta quinta-feira.

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"A maioria esmagadora dos pacientes apresenta sintomas brandos e se recuperam totalmente dentro de uma semana, em geral sem nenhuma forma de tratamento médico", disse Chan numa conferência em Cancún, no México.

"Mas há algumas exceções que precisam ser o foco de preocupação especial", disse ela no encontro, de acordo com o texto do discurso distribuído pela OMS em Genebra.

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Grávidas e pessoas com problemas de saúde crônicos estão sob risco maior de complicações decorrentes do vírus e precisam ser monitoradas caso fiquem doentes, afirmou Chan.

As pessoas com sintomas normais de gripe não devem ir aos hospitais, a menos que apresentem determinados "sinais de alerta" de infecção grave, disse a ex-diretora de saúde de Hong Kong.

Adultos com febre alta por mais de três dias devem procurar ajuda e as crianças com dificuldade de acordar, que apresentam-se letárgicas ou não mais alertas também podem precisar de cuidado extra, afirmou Chan.

"Para uma pandemia de gravidade moderada, um de nossos maiores desafios é este: ajudar as pessoas a entenderem quando não precisam se preocupar, e quando precisam ir ao pronto-socorro", disse ela na conferência, à qual também compareceu o ministro da Saúde do México, José Angel Cordova.

No mês passado, a agência da ONU elevou o nível de alerta pandêmico de gripe para a fase 6, a mais alta da escala, declarando que o vírus H1N1, provocou a primeira pandemia de influenza desde 1968.

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Ao redor do mundo, mais de 79 mil casos de gripe H1N1 foram confirmados e 337 pessoas morreram -- a maioria delas com outros problemas de saúde -- desde abril, quando a doença foi detectada pela primeira vez.