O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, lamentou hoje as mortes causadas por um ataque aéreo da aliança contra tanques rebeldes na Líbia. Ele qualificou a ação como um "incidente desafortunado". "Eu lamento fortemente a perda de vidas", disse Rasmussen. O ataque, na quinta-feira, matou dois rebeldes e dois médicos e deixou seis desaparecidos, perto da cidade petrolífera de Brega.
Rasmussen falou no canal de televisão da Otan. Horas antes, o vice-comandante da operação da Otan na Líbia, o almirante britânico Russell Harding, recusou-se a pedir desculpas pelo incidente. Segundo Harding, a aliança não sabia que os rebeldes usavam tanques em sua campanha contra as forças do governante Muamar Kadafi e estaria difícil distinguir entre os dois lados na rodovia entre Brega e Ajdabiya.
O secretário-geral da Otan lembrou que a aliança atua na Líbia em concordância com uma resolução do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU), autorizando o uso da força para proteger civis. Segundo ele, por isso a aeronave da Otan atacou um equipamento militar que poderia ser usado para atacar civis. De acordo com ele, porém, a aliança faz de tudo para evitar mortes de civis.
É a segunda vez em menos de uma semana que aviões da Otan atacam posições rebeldes por engano perto de Brega. Na semana passada, aviões de combate da Otan mataram nove rebeldes e quatro civis na mesma área, após insurgentes comemorarem dando tiros para o alto. Os próprios rebeldes admitiram que haviam cometido um "erro" ao disparar para o alto, causando a reação das aeronaves.
A Otan, que reúne 28 países, assumiu o comando das operações militares na Líbia na semana passada. O mandato do Conselho de Segurança foi aprovado em meados de março. As informações são da Dow Jones.
Clima e super-ricos: vitória de Trump seria revés para pautas internacionais de Lula
Nos EUA, parlamentares de direita tentam estreitar laços com Trump
Governo Lula acompanha com atenção a eleição nos EUA; ouça o podcast
Pressionado a cortar gastos, Lula se vê entre desagradar aliados e acalmar mercado
Deixe sua opinião