O chefe da campanha de Juan Manuel Santos para a reeleição presidencial na Colômbia, J.J. Rendon, renunciou em meio a alegações de que recebeu US$ 12 milhões de alguns dos principais chefes do tráfico do país para ajudar a negociar a rendição deles.
As acusações foram publicadas durante o fim de semana pelo jornal colombiano El Espectador e pela revista Semana. As reportagens citaram um testemunho feito em uma prisão norte-americana por Javier Antonio Calle, um dos traficantes mais procurados da Colômbia até se entregar nos EUA, em 2012.
Rendon admitiu ter sido abordado por advogados de Calle e outros chefes do tráfico após a eleição de Santos, em 2010, mas negou aceitar qualquer dinheiro para comunicar ao presidente em 2011 a oferta deles de desarmamento em troca de concessões, tais como proteção contra extradição para os EUA.
A polícia e a procuradoria também revelaram que discutiram a iniciativa com Rendon, mas afirmaram que rejeitaram a proposta. Calle acabou se entregando em Aruba, nos EUA, um ano depois.
O nome de Santos não foi envolvido em nenhuma polêmica, mas a renúncia de Rendon pode adicionar complicações para o presidente na reta final para as eleições de 25 de maio. Rendon é um dos mais proeminentes consultores de campanha da América Latina e é tido como um dos responsáveis por ajudar Santos a superar Antanas Mockus nas eleições de 2010.
A procuradoria da Colômbia disse que enviará funcionários a Nova York para entrevistar Calle antes de decidir se abrirá uma investigação formal.
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