O chefe da polícia da cidade alemã de Colônia foi suspenso nesta sexta-feira (8) depois de receber duras críticas pela atuação de seus agentes que não conseguiram evitar as agressões sexuais e os roubos cometidos contra mulheres durante a noite de ano-novo.
Wolfgang Albers, de 60 anos, foi suspenso temporariamente, informaram a agência DPA e o jornal Koelner Stadt-Anzeiger, citando fonts da administração local.
O ministério federal do Interior anunciou nesta sexta que a polícia está investigando 31 “suspeitos”, incluindo 18 demandantes de asilo, pelas agressões e roubos.
“Dos 31 suspeitos com nomes conhecidos, 18 têm status de demandantes de asilo”, afirmou Tobias Plate, porta-voz do ministério, que citou sobretudo roubos e agressões físicas.
“Também foram apresentadas três denúncias por agressões sexuais, mas as pessoas que as cometeram ainda não foram identificadas”, disse.
Uma centena de casos de violência sexual na noite de ano novo em Colônia, oeste da Alemanha, atribuídas a “jovens aparentemente de origem árabe” tem causado polêmica em todo o país -- cujo governo condenou os crimes, embora esteja preocupado com uma possível estigmatização dos refugiados.
A chanceler alemã, Angela Merkel, conversou por telefone com a prefeita de Colônia, Henriette Reker, e manifestou “sua indignação diante destes atos de violência insuportáveis e agressões sexuais”. Outros políticos tentaram estabelecer um vínculo entre os crimes e o aumento da presença de imigrantes no país.
O caso, que ganhou amplitude à medida em que novas denúncias são registradas, comoveu todo o país pela “nova dimensão” que implica a participação de “mais de mil pessoas”, que agrediram ou protegeram os agressores, declarou à imprensa o ministro da Justiça alemão, Heiko Maas.
“Trata-se de uma nova forma de crime organizado (...) Será preciso refletir sobre isso, pensar em meios para enfrentá-lo”, afirmou.
Estes ataques foram atribuídos a grupos de 20 a 30 jovens bêbados que se reuniram perto da Catedral e da Estação Central de Colônia. A polícia também disse que recebeu uma dúzia de queixas em Hamburgo (norte).
Segundo as vítimas, os agressores só atacavam mulheres.
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