O Conselho Escolar de Uvalde, Texas, Estados Unidos, votou por unanimidade na quarta-feira (24) pela demissão do chefe de polícia do distrito educacional, Pedro "Pete" Arredondo, que estava na supervisão quando ocorreu um tiroteio fatal em maio, no qual morreram 19 crianças e duas professoras.
Em uma reunião de uma hora e meia, os membros do conselho decidiram dispensar os serviços de Arredondo, que recebeu críticas generalizadas de pais e membros da comunidade pela lentidão em responder ao tiroteio em uma escola local.
Arredondo já havia sido afastado do cargo de chefe de polícia do distrito escolar de Uvalde em 22 de junho, embora não tenha renunciado e ainda tivesse o título oficial.
A demissão de Arredondo aconteceu apenas um dia depois que o diretor do Departamento de Segurança Pública do Texas, Steven McCraw, testemunhou perante um comitê do Senado estadual e disse que Arredondo tomou "decisões terríveis" durante o massacre.
Segundo McCraw, havia policiais suficientes para responder ao tiroteio apenas três minutos depois que o autor, Salvador Ramos, entrou na escola por uma porta.
No entanto, os policiais armados esperaram no corredor por 77 minutos enquanto o atirador realizava o massacre em duas das salas de aula.
O governo dos EUA está investigando a resposta da polícia e ainda não se sabe por que demorou tanto para que os policiais confrontassem o atirador.
Nesse sentido, a investigação deverá oferecer mais detalhes sobre a comunicação entre as diferentes forças policiais.
Arredondo, que era o chefe da força policial responsável pelas escolas de Uvalde, tentou se defender em entrevista ao jornal Texas Tribune, na qual afirmou não saber que estava encarregado da resposta ao tiroteio e tinha presumido que outra força policial havia assumido a responsabilidade.
O tiroteio em Uvalde é o segundo mais mortífero em uma escola na última década nos EUA, depois do ocorrido em 2012 na escola Sandy Hook em Newton, Connecticut, onde 26 pessoas foram assassinadas.
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