O chefe de redação da rede de televisão Al Jazeera no Egito, Abdel Fatah Faid, foi detido e interrogado neste domingo durante várias horas por ordem do Ministério Público egípcio e liberado algumas horas depois.
A Procuradoria libertou Faid após o pagamento de uma fiança de 10 mil libras egípcias (cerca de RS 3,3 mil) após ter sido acusado de "turvar a segurança e a paz pública e instigar a discórdia", informou a Al Jazeera em seu site.
As forças de segurança egípcias fizeram uma batida hoje nos escritórios do canal no Cairo, pela segunda vez desde a quarta-feira passada (quando aconteceu o golpe de Estado que derrubou o presidente Mohammed Mursi), e apreenderam equipamentos de transmissão e filmagem.
Na quarta-feira foram detidos o diretor da Al Jazeera, Ayman Gabalá, e o engenheiro Ahmed Hassan, mas dois dias depois ambos foram libertados, segundo a emissora.
A rede de televisão expressou em comunicado seu agradecimento a todas as instituições de informação e organizações que manifestaram seu apoio.
Além disso, ressaltou que prosseguirá "a política de redação que seguiu desde que começou suas transmissões há 17 anos, já que durante esse período atravessou difíceis circunstâncias, mas continuou apresentando um serviço informativo excelente com credibilidade, equilíbrio e coragem profissional".