O subsecretário da ONU (Organização das Nações Unidas) para Operações de Paz, Hervé Ladsous, reconheceu nesta quinta-feira (24) que não há plano B para solucionar a crise política na Síria. Responsável pelas missões de paz da organização, Ladsous afirmou que o plano do enviado especial Kofi Annan é a única alternativa.
"Temos que assimilar que não há outro plano, não há um plano B", afirmou, apesar de dizer que a presença dos observadores permitiu diminuir a violência. "A presença dos observadores gera imediatamente uma mudança, uma redução da violência e gera confiança e esperança na população."
O subsecretário voltou de uma viagem à Síria em que supervisionou a missão de 300 observadores que está no país desde abril. O chefe dos chamados "capacetes azuis" advertiu sobre a continuidade de "ações inaceitáveis" de violência.
Para o representante da ONU, a missão é uma das mais difíceis feitas pela organização e afirmou que o cessar-fogo na Síria ainda não existe. "Temos que reconhecer que estamos ali para vigiar um cessar-fogo que não existe ainda".
Na próxima semana, os últimos 24 observadores deverão ser enviados ao país e a missão deverá enviar um relatório ao Conselho de Segurança e ao secretário-geral, Ban Ki-moon, sobre a situação da crise política na Síria.
De acordo com as Nações Unidas, cerca de 10 mil pessoas morreram nos conflitos entre a oposição e o regime do ditador Bashar al Assad. Outras 230 mil saíram dos locais de conflito e se deslocaram pelo país e outros 60 mil estão em campos de refugiados em países vizinhos, como Turquia, Líbano e Jordânia.
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