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Chefe do governo da Espanha anuncia dissolução do Parlamento e antecipa eleição nacional

Espanha, Pedro Sánchez
Pedro Sánchez, presidente do governo da Espanha, em campanha do PSOE em maio de 2023. (Foto: EFE/ Javier Cebollada)

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O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira (29) a antecipação das eleições gerais no país para 23 de julho, após o mau resultado do Partido Socialista (PSOE), ao qual é filiado, nas eleições municipais e regionais realizadas no domingo.

Em pronunciamento em Madri, Sánchez explicou que, depois de a decisão ser comunicada ao chefe de Estado, o rei Felipe VI, a convocação formal para as eleições será publicada amanhã, com a dissolução do Parlamento.

Sánchez afirmou que uma reunião extraordinária do governo, formado em coalizão entre o PSOE e outro partido de esquerda, o Unidas Podemos, está marcada para a tarde de hoje.

O chefe do governo espanhol disse que a antecipação das eleições — que inicialmente aconteceriam no final do ano — se deve aos resultados das eleições de domingo para as prefeituras e vários governos regionais, que significaram a perda do poder institucional dos socialistas.

Essas eleições marcaram uma guinada para a direita na Espanha, com a vitória do conservador Partido Popular (PP).

O presidente do governo afirmou ter assumido "em primeira pessoa" esses resultados, nos quais os eleitores enviaram "uma mensagem que vai além" dos governos municipais e regionais.

"O melhor é que os espanhóis tomem a palavra e se manifestem", enfatizou, depois de lembrar que muitas prefeituras e governos regionais terão à frente não só conservadores, como o partido Vox.

"Acredito que é necessário dar uma resposta e submeter nosso mandato democrático" às urnas, disse.

Sánchez argumentou que seu governo cumpriu o programa proposto e que a Espanha está prestes a superar a crise econômica resultante da pandemia de Covid-19 e as consequências da guerra na Ucrânia, em um contexto de crescimento econômico e criação de empregos.

O anúncio ocorreu poucas semanas antes de a Espanha assumir a presidência rotativa da União Europeia, o que vai acontecer no segundo semestre.

O pronunciamento de Sánchez, realizado no Palácio de la Moncloa, a sede do governo, foi o primeiro dele após a eleição regional e aconteceu pouco antes de ele se reunir na capital espanhola com a executiva do PSOE, partido do qual é secretário-geral.

O presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, havia afirmado nas redes sociais, pouco antes, que "em breve" será realizada "outra noite eleitoral" na Espanha.

O PP foi o partido mais votado no domingo considerando o total nacional, com 31,53% e quase 7 milhões de votos — 761 mil a mais do que o PSOE, que obteve 28,11%. Além disso, os conservadores tiveram 1,7 milhão de votos a mais do que receberam nas eleições municipais e regionais anteriores, em 2019.

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