O mais conhecido chefe do tráfico de drogas do México, Joaquin “El Chapo” Guzman escapou de uma prisão de segurança máxima, disseram autoridades neste domingo, sua segunda fuga em 15 anos e grande embaraço para o presidente Enrique Peña Nieto.

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O chefe, que subornou sua saída da prisão na primeira fuga em 2001, foi visto em um vídeo entrando na área de chuveiros às 8h52 horário local (10h52 horário de Brasília de sábado), disse a Comissão de Segurança Nacional do México (CNS, na sigla em inglês).

Guzman, que também é procurado por promotores dos Estados Unidos e já foi uma vez para a lista Forbes dos maiores bilionários, ficou sem ser visto por um tempo antes de os guardas entrarem em sua cela na prisão de Altiplano, na área central do México, e encontrá-la vazia, segundo a Comissão.

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A CNS não deu outros detalhes, mas Joaquin Lopez-Doriga, apresentador de notícias do principal canal mexicano Televisa, disse em seu site que relatórios recentes indicavam que Guzman escapou por um túnel que levava aos chuveiros a quilômetros de distância.

Uma autoridade sênior do governo, que falou sob condição de anonimato, disse que também recebeu informações de que o chefe do narcotráfico teria saído por um túnel.

Serviços de segurança convocaram uma reunião com seus principais oficiais, pedindo uma intensa caça por El Chapo, ou “Baixinho”, e o fechamento do aeroporto da cidade próxima, Toluca.

A escapada de Guzman, cujos feitos fizeram dele uma figura lendária em aldeias espalhadas pela serra onde ele cresceu, na região noroeste do México, prejudicam seriamente a promessa de Peña Nieto de restaurar a ordem no país, afetado por anos de violência entre gangues.

A fuga ocorreu no Estado do México, o estado natal de Peña Nieto, que assumiu o cargo em 2012 prometendo enfrentar os cartéis que já mataram mais de 100 mil pessoas desde 2007.

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Antes de sua vitória eleitoral, políticos do Partido Revolucionário Institucional (PRI) de Peña Nieto ridicularizaram seus rivais conservadores por deixar Guzman fugir enquanto eles corriam o país, dizendo que isso não teria acontecido sob sua vigilância.

Quando a notícia da fuga de Guzman se espalhou, o presidente mexicano estava a caminho da França, onde acaba de desembarcar.