O secretário de Defesa dos EUA (centro) faz uma viagem de quatro dias à região| Foto: AFP Photo/David Buimovitch

O secretário americano da Defesa, Leon Panetta, excluiu nesta quarta-feira (1º) o uso da opção militar de forma imediata contra as instalações nucleares iranianas, durante uma coletiva conjunta com seu colega israelense, Ehud Barak.

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"Devemos esgotar todos os esforços antes de apelar para a opção militar", declarou Panetta em Ashkelon, sul de Israel, por ocasião de uma visita a uma instalação do sistema antimísseis Domo de Ferro, financiado em parte pelos Estados Unidos.

Panetta se referiu às sanções econômicas e pressões exercidas por diversos países para que o Irã abandone seu programa nuclear.

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De acordo com Panetta, o presidente Barack Obama deixou claro que impedir o Irã de dotar-se de armas nucleares é uma prioridade para a segurança nacional dos Estados Unidos e que, por isso, todas as opções estão sobre a mesa.

Por sua parte, Barak afirmou que a possibilidade do Irã renuncia a seu programa nuclear é extremamente pequena e reafirmou que a "última decisão" sobre um eventual ataque israelense contra o Irã será responsabilidade unicamente do governo israelense.

Na véspera, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou não ter tomado a decisão de um eventual ataque contra o Irã e reafirmou "o direito de Israel a se defender".

"Não tomei uma decisão" sobre um eventual ataque contra as instalações nucleares iranianas, afirmou Netanyahu em resposta a uma pergunta em entrevista a um canal de televisão.

O premier reafirmou, no entanto, "o direito de Israel de se defender de toda ameaça que pesa sobre sua segurança e sua existência". Também destacou que "o destino de Israel depende unicamente de nós e de nenhum outro país sem importar quão amigável seja", em alusão aos Estados Unidos.

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Perguntado sobre informações veiculadas na imprensa segundo as quais o Estado-maior do exército, os dirigentes do Mossad, o serviço secretos, e do Shin Beth, o serviço de segurança interior, se opõem a um ataque que Israel poderia lançar sem o aval dos Estados Unidos, Netanyahu respondeu que "em nenhuma democracia, só os dirigentes políticos decidem e os militares executam".

O primeiro-ministro também lembrou que em 1981 o premier Menahem Begin havia dado seu aval para um ataque aéreo contra uma usina nuclear no Iraque "apesar da oposição categórica na época dos líderes do Mossad e da inteligência militar".