A chefe do Serviço Secreto norte-americano, Julia Pierson, entregou o cargo ontem. Ela foi alvo de críticas severas depois que um invasor conseguiu atravessar o jardim da Casa Branca no dia 19 de setembro.
A pressão para que se demitisse aumentou depois que foi revelado que um homem armado havia estado em um elevador com o presidente Barack Obama no último dia 16, em Atlanta.
Após o testemunho de Pierson ao Congresso, várias figuras do alto escalão, como o democrata Chuck Schumer e o republicano Lindsey Graham, ambos senadores, pediram que Pierson entregasse o cargo. O republicano Jason Chaffetz afirmou que Pierson deveria se demitir ou ser demitida pelo presidente Barack Obama e o congressista democrata Elijah Cummings afirmou estar "tão perturbado que não conseguia nem mesmo dormir".
O líder da Câmara, John Boehner, afirmou que o testemunho de Pierson deixou o Congresso "com mais perguntas do que respostas". Ele evitou pedir a renúncia da chefe do Serviço Secreto, mas defendeu uma investigação independente do caso.
Os primeiros relatos diziam que Omar Gonzalez, o invasor da Casa Branca, havia sido derrubado por agentes do Serviço Secreto ainda no jardim da residência presidencial.
Armado
Depois foi revelado que o invasor chegou a entrar na mansão executiva. Além da invasão, Pierson também foi criticada depois da descoberta de que um homem armado andou de elevador com Obama em Atlanta. A chefe do Serviço Secreto entregou o cargo ao secretário da Segurança Nacional, Jeh Johnson, que informou via comunicado que aceita a nova posição.
Pierson será temporariamente substituída por Joseph Clancy, ex-chefe do setor de defesa do Serviço Secreto.
Réu
O veterano da Guerra do Iraque acusado de invadir a Casa Branca no dia 19 de setembro se declarou ontem inocente perante um tribunal federal. A corte demandou uma análise completa da sanidade mental de Omar Gonzalez, que sofre de transtorno de estresse pós-traumático, mas os advogados de defesa foram contrários à decisão. O advogado de Gonzalez, David Bos, disse que ele não precisa ser avaliado.
Risco
No último dia 16, quando visitou o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em Atlanta, Obama esteve no mesmo elevador que um homem armado e com histórico criminal. A falha na segurança só foi percebida depois que o homem, que trabalhava como segurança particular do CDC, se recusou a parar de filmar Obama com um celular. Após sair do elevador, ele foi detido e teve o histórico checado.