O ditador russo, Vladimir Putin, durante reunião em sua residência oficial.| Foto: Vyacheslav Prokofyev/Sputnik/Kremlin pool/EFE/EPA
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O chefe da inteligência militar da Ucrânia, Kirilo Budanov, afirmou neste sábado que houve tentativas de assassinar o ditador da Rússia, Vladimir Putin. “Houve tentativas de assassinato, mas, como você pode ver, elas não tiveram sucesso até agora”, disse Budanov em entrevista ao portal ucraniano The New Voice of Ukraine. Budanov não deu mais detalhes sobre estas supostas tentativas de assassinato do líder do Kremlin, ou quem esteve por trás delas.

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O chefe do Serviço de Inteligência Militar ucraniano (GUR) ainda acrescentou que Putin está no poder na Rússia há mais de 20 anos e que “os russos têm medo de perdê-lo, porque é o fiador da estabilidade de suas vidas”. Nesse sentido, Budanov lembrou-se de uma frase de sua avó, que testemunhou a morte do ditador soviético Joseph Stalin. “Parecia para as pessoas que todo o seu mundo havia desabado, não estava claro como continuar a viver”.

Ucrânia quer que aliados liberem ataques a território russo

Na sexta-feira, a Ucrânia insistiu na necessidade de seus aliados permitirem que o país ataque sistematicamente alvos militares e estratégicos dentro do território da Rússia, depois de não ter conseguido obter uma decisão favorável de seus parceiros na cúpula da Otan concluída na quinta-feira em Washington.

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“É claro que não estamos falando em atacar por atacar de maneira simbólica, exemplar e isolada”, escreveu em sua conta na rede social X o assessor presidencial Mykhailo Podolyak, que geralmente se posiciona sobre questões ou circunstâncias sobre as quais o presidente Volodymyr Zelensky não fala diretamente. De acordo com o assessor presidencial ucraniano, a Ucrânia precisa da possibilidade de destruir “sistematicamente” a infraestrutura militar ou a infraestrutura relacionada ao esforço de guerra russo.

Entre os alvos prioritários, Podolyak mencionou as bases aéreas onde está localizada a aviação estratégica russa, de onde são lançados os mísseis contra o território ucraniano. O assessor de Zelensky também citou ataques à infraestrutura de produção militar russa como prioridade. “A estratégia correta envolve enfraquecer a Rússia de três maneiras: aumentando o custo da guerra, destruindo a logística e atrasando o fornecimento de recursos para o campo de batalha e, em geral, reduzindo os recursos” disponíveis para a Rússia, analisou.

A Ucrânia pede a seus aliados permissão para atacar alvos militares e estratégicos em todo o território russo para enfraquecer a máquina de guerra russa e neutralizar alguns dos ataques na origem. Em meados de junho, Kyiv recebeu permissão de alguns de seus aliados para atacar determinados alvos próximos à fronteira, mas a maioria dos governos da coalizão que apoia a Ucrânia continua a impor limitações rigorosas ao uso de suas armas em território inimigo. “Se quisermos vencer, se quisermos prevalecer, se quisermos salvar nosso país e defendê-lo, precisamos suspender todas [as limitações]”, declarou Zelensky em entrevista coletiva conjunta com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, à margem da cúpula da Otan em Washington.