![Chefe do Wagner admite alto custo de combate em Bakhmut para Rússia e Ucrânia Morador local mostra o buraco do míssil S300 que destruiu sua casa e matou seu amigo quando eles estavam se escondendo de um bombardeio no porão em Cherkaski Tyshky, região de Kharkiv , Ucrânia, 27 de março de 2023.](https://media.gazetadopovo.com.br/2023/03/29140710/396a466ed7485c044543bba8bd77e4c786fb1e51w-960x540.jpg)
O chefe do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, reconheceu nesta quarta-feira (29) o alto custo em vidas dos violentos combates em Bakhmut, no leste da Ucrânia, entre forças russas e ucranianas.
"A batalha por Bakhmut praticamente destruiu o Exército ucraniano e, infelizmente, deixou o Wagner bastante abatido", afirmou Prigozhin em um comunicado divulgado por seu serviço de imprensa.
Segundo o chefe do grupo paramilitar, a vitória do Wagner sobre as Forças Armadas ucranianas constituirá um "ponto de virada" no conflito e "em toda a história moderna".
Prigozhin disse que seus combatentes estão "destruindo forças estrangeiras", que auxiliam a Ucrânia e "pretendem colocar a Rússia de joelhos".
"É uma grande reviravolta nessa guerra porque, finalmente, permanecerá apenas o Exército russo no tabuleiro", acrescentou.
As declarações de Prigozhin são divulgadas depois que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu que, no caso da queda de Bakhmut, as autoridades seriam obrigadas a buscar um acordo com a Rússia.
Por sua vez, o americano Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) observou em seu relatório diário que o Wagner parece já ter tomado o gigantesco complexo metalúrgico AZOM em Bakhmut, sitiado por essas tropas de assalto há mais de seis meses.
As instalações metalúrgicas e seus túneis serviram de trincheira para os soldados ucranianos se defenderem da ofensiva russa que destruiu quase completamente a cidade, na região de Donetsk.
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