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Relações exteriores

Chefes da diplomacia dos EUA e China devem se reunir novamente em Washington

Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang (Foto: Reprodução / Twitter @secBlinken)

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, informaram neste domingo, durante sua reunião em Pequim, que voltarão a se encontrar em breve em Washington, como parte das linhas de comunicação que ambas as potências querem manter abertas.

O Departamento de Estado americano informou em comunicado que o encontro entre Blinken e Qin, que durou mais de cinco horas, foi uma conversa "sincera, substancial e construtiva".

"O secretário convidou o ministro das Relações Exteriores Qin a Washington para mais conversas e eles concordaram em agendar uma visita recíproca em um momento adequado para ambos", disse o porta-voz da diplomacia dos EUA, Matthew Miller.

Durante a reunião em Pequim, Blinken enfatizou "a importância da diplomacia e de manter os canais de comunicação abertos em todos os âmbitos para reduzir o risco de erros de cálculo", acrescentou o porta-voz.

O chefe da diplomacia dos EUA também levantou "uma série de questões preocupantes" com seu homólogo chinês, bem como "oportunidades" nas quais Washington e Pequim podem cooperar.

"O secretário deixou claro que os EUA sempre defenderão os interesses e valores do povo americano e trabalharão com seus parceiros e aliados para promover uma visão de um mundo livre que defenda uma ordem internacional baseada em regras", explicou Miller.

Blinken chegou a Pequim neste domingo para uma visita de dois dias com a qual busca amenizar as diferenças entre Estados Unidos e China após meses de tensões no contexto da guerra na Ucrânia, da situação em Taiwan e da batalha comercial entre as duas potências.

Trata-se da primeira visita de um secretário de Estado dos EUA ao gigante asiático desde a de Mike Pompeo em 2018.

A reunião em Pequim entre Qin e Blinken terminou por volta das 20h (horário local, 9h de Brasília), depois de durar cinco horas e meia, segundo informaram jornalistas da imprensa estatal chinesa, que acompanharam o encontro.

Após a reunião, os chefes de diplomacia das duas potências compartilharam um “jantar de trabalho", segundo relataram alguns repórteres chineses em suas redes sociais.

Logo depois do início da reunião, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, expressou no Twitter sua esperança de que a visita de Blinken "redirecione a relação entre China e EUA de volta ao que os dois presidentes concordaram em Bali", na Indonésia, onde Joe Biden e Xi Jinping se reuniram à margem de uma cúpula do G20 em novembro do ano passado.

A reunião de hoje aconteceu após Qin e Blinken terem trocado reprovações na última quarta-feira durante uma conversa por telefone que marcou o primeiro contato bilateral de alto nível em meses.

Na ocasião, o ministro chinês pediu aos EUA que cessem seus esforços para prejudicar os interesses soberanos em matéria de segurança e desenvolvimento da China "em nome da concorrência".

Por sua vez, Blinken pediu a Qin esforços por parte da China para "manter as linhas de comunicação abertas" para evitar um conflito.

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