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A retirada de milhares de pessoas da fronteira entre Líbia e Tunísia começou ontem, com o transporte de centenas de egípcios de ônibus para o aeroporto de Djerba e para o porto de Zarzis, de onde devem voltar para suas casas. O número de imigrantes que já deixaram a Líbia chega a 200 mil, desde que começou a insurgência contra o ditador Muamar Kadafi em meados de fevereiro.
Os números foram divulgados pela Organização Internacional para as Migrações (OIM). De acordo com a organização, cerca de 20 mil pessoas continuam na fronteira com a Tunísia esperando a oportunidade para deixar a Líbia.
Espanha, França, Itália e Grã-Bretanha estão fornecendo aviões para retirar as milhares de pessoas que estão em campos de refugiados no lado tunisiano. Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que aprovou o uso de aviões militares e civis norte-americanos para retirar refugiados.
Navios gregos, turcos e egípcios já retiraram milhares de trabalhadores dessas nacionalidades de Benghazi, no Leste da Líbia, bem como milhares de chineses que viviam no país magrebino.
Em um campo em Choucha, perto da fronteira oeste da Líbia, o Exército tunisiano já registrou 15 mil pessoas. Um comandante do campo, o médico e coronel Mohammed Essoussi, disse que as autoridades tentam tirar 5 mil a 6 mil pessoas diariamente. Segundo funcionários da fronteira tunisina, 86,5 mil pessoas já cruzaram a fronteira. Milhares de refugiados também fugiram para o Egito e o Níger.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) da ONU fez um alerta para a possibilidade de crise humanitária na região.