Pelo menos 2.300 pessoas foram resgatadas com vida no prédio comercial que desabou em Bangladesh e deixou mais de 300 pessoas mortas| Foto: REUTERS/Andrew Biraj

O número de vítimas do desabamento de um prédio comercial, na periferia de Dacca, capital de Bangladesh, sobe a cada dia. O último balanço contabiliza 304 mortos. Pelo menos 2.300 pessoas foram resgatadas com vida, segundo o porta-voz do Exército, Shahinul Islam. No edifício funcionavam fábricas de tecidos e confecções de roupas, um mercado, um banco e várias lojas.

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Bangladesh é o segundo maior exportador mundial no setor de vestuário, depois da China. A rede de lojas britânica Primark e a espanhola Mango assumiram ter fábricas no edifício que desabou. Há informações de que os donos do edifício foram advertidos sobre os riscos de desabamento, mas não tomaram providências. Os índices de segurança no trabalho do país são alarmantes.

No Brasil, o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, divulgou nota oficial na quarta (24) lamentando o acidente. "O Brasil transmite suas condolências e solidariedade aos familiares das vítimas, ao povo e ao governo da República Popular de Bangladesh", diz o texto.

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Em novembro, um incêndio em uma fábrica que produzia roupas para a rede de lojas Walmart e várias marcas ocidentais, também em Dacca, deixou 111 mortos.

Protestos

Milhares de trabalhadores do setor têxtil saíram às ruas de Daca nesta sexta-feira (26) para protestar pelo desabamento de um edifício que abrigava várias fábricas, em tragédia que deixou 292 mortos e dois mil feridos em Bangladesh. Os manifestantes exigiram em vários pontos da capital a detenção dos donos do imóvel e das cinco fábricas que ficavam em seu interior.