Confrontos entre policiais e manifestantes deixaram 41 mortos na Síria nesta sexta-feira (8). A maior parte da violência parece ter ocorrido na cidade de Deraa, no sul do país, onde os protestos contra o governo do presidente Bashar al-Assad começaram no mês passado.
Segundo ativistas, as forças de segurança mataram a tiros 22 manifestantes, sendo que 17 foram mortos em Deraa. Já a televisão estatal síria informou que 19 agentes de segurança morreram em choques com a oposição na cidade. Antes, o governo sírio havia reconhecido, através da televisão estatal, apenas duas mortes em Deraa.
Segundo a emissora Al Jazeera, do Catar, também ocorreram manifestações em Latakia, no Mediterrâneo, no subúrbio de Douma, em Damasco, e em Banias. Imagens da Al Jazeera mostraram uma multidão com centenas de pessoas protestando em Deraa. A emissora disse que só em Deraa foram mortos 27 manifestantes. Não foi possível verificar de maneira independente o número de mortos porque o governo sírio impôs várias restrições ao trabalho da imprensa nas últimas semanas.
Irritados com as mortes, os manifestantes atearam fogo à sede do partido governista Baath em Deraa, disse um ativista, que pediu anonimato. Os protestos ocorrem um dia depois de o presidente Assad ter concedido a cidadania a cerca de 300 mil curdos, que tiveram o direito negado por quase meio século. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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