Milhares de manifestantes foram às ruas hoje no Iraque, no chamado Dia de Fúria de protestos. Cerca de cinco mil pessoas se reuniram na Praça Tahrir, em Bagdá, muitas delas jogando pedras, sapatos e garrafas plásticas vazias na polícia antidistúrbio e em soldados que bloqueavam a ponte Jumhuriyah, informou a France Presse. Manifestantes derrubaram dois muros de concreto, construídos para isolar a fortificada Zona Verde, onde fica a embaixada dos Estados Unidos e o Parlamento. Pelo menos sete pessoas morreram em confrontos com a polícia.

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Forças de segurança reforçaram sua presença e foi imposta uma proibição à circulação de veículos na área. O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, disse que insurgentes da Al-Qaeda e partidários do deposto ditador Saddam Hussein organizaram os protestos. No norte do país, confrontos entre as forças de segurança e manifestantes em Mossul e Hawija deixaram sete mortos e dezenas de feridos. Em outros pontos do norte e oeste do país, oito pessoas se feriram nos protestos.

Na cidade portuária de Basra, o governador provincial renunciou após três mil pessoas se manifestarem nas cidades de Nasiriyah, Kut e Kerbala, no sul do país. Um alto funcionário do governo disse, pedindo anonimato, que Maliki demitiu o governador de Basra por causa dos protestos. Segundo a fonte, o governador de Nínive, província onde fica Mossul, também foi convidado a se retirar do posto.

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Os protestos desta sexta-feira, marcados há semanas, foram apelidados de "Dia de Fúria" em referência às manifestações no Egito que levaram à queda do presidente Hosni Mubarak. Em uma tentativa de acalmar os protestos, o Iraque reduziu o salário dos políticos, destinou fundos para alimentação dos necessitados e retardou a entrada em vigor de uma lei que aumentará as tarifas de importação e, consequentemente, os preços das mercadorias do exterior para os iraquianos. As informações são da Dow Jones.