O balanço da imigração de longo prazo na Grã-Bretanha teve uma alta recorde, o que aumenta o desafio do primeiro-ministro, David Cameron, para dissipar os receios dos eleitores de que os imigrantes estão saturando serviços públicos como habitação, hospitais e escolas.
Como uma nação-ilha no noroeste da Europa, a Grã-Bretanha está longe de ser a linha de frente da crise vivida pela União Europeia com a chegada de centenas de milhares de imigrantes e refugiados no bloco neste ano através de países como Itália, Grécia e Hungria.
Polícia acha dezenas de imigrantes mortos por asfixia em caminhão na Áustria
Pelo menos 20 imigrantes ilegais foram achados mortos por asfixia enquanto viajavam em um caminhão na Áustria, perto da fronteira com a Hungria.
Leia a matéria completaO maior problema para Cameron é sua incapacidade de limitar a chegada de imigrantes portadores de passaportes da União Europeia, já que a liberdade de movimento está consagrada nos tratados fundadores da UE. A vinda de pessoas de países como Índia e China também está em ascensão.
Os dados oficiais divulgados nesta quinta-feira mostraram um total líquido de 330.000 pessoas que se mudaram para a Grã-Bretanha no acumulado do ano até março de 2015, um aumento de 40 por cento sobre o mesmo período um ano atrás. No total, 183.000 vieram de dentro da UE, um acréscimo de 53.000.
Os valores apresentados a cada trimestre se tornaram uma fonte regular de constrangimento político para Cameron, que insiste que ainda está trabalhando em direção a uma meta global de menos de 100.000.
Limitar o acesso dos imigrantes aos benefícios sociais, a fim de dissuadi-los de vir para a Grã-Bretanha, é um objetivo crucial para o primeiro-ministro, do Partido Conservador, ao mesmo tempo que ele renegocia as condições da adesão à UE antes de colocar em votação, até o fim de 2017, a permanência do país no bloco europeu.
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