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Imagem do vídeo transmitido em cadeia nacional de televisão mostra Nicolás Maduro ao lado de Padrino e Ceballos | Foto: Reprodução/Twitter
Imagem do vídeo transmitido em cadeia nacional de televisão mostra Nicolás Maduro ao lado de Padrino e Ceballos | Foto: Reprodução/Twitter| Foto:

Ainda estava escuro nesta quinta-feira (2) quando o ditador Nicolás Maduro apareceu em cadeia nacional de rádio e televisão falando a dezenas de militares no Forte Tiuna, uma das principais instalações do exército da Venezuela. Ao lado do alto comando das forças armadas do país, ele disse que uma "marcha pela lealdade militar à pátria de Bolívar" começa neste 2 de maio.

"Sim, estamos em combate. Máxima moralidade nessa luta para desarmar qualquer traidor, qualquer golpista", disse.

De acordo com a presidente da ONG venezuelana Control Ciudadano, Rocío San Miguel, o major-general Iván Hernández Dala, chefe da Direção da Contrainteligência Militar e da Guarda de Honra Presidencial, aparece no vídeo ao lado de Maduro. Também estão com eles o comandante Estratégico Operacional, Remigio Ceballos, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López.

"Nossa Fanb tem que dar uma lição histórica neste momento. Assim eu os chamo. A hora de lutar chegou. Chegou a hora de dar um exemplo e dizer que na Venezuela há uma Fanb coerente, leal e coesa, derrotando intentonas", afirmou Maduro.

O objetivo do ditador neste momento é mostrar que as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Fanb) ainda estão totalmente sob seu comando, apesar de os eventos recentes apontarem para uma ruptura dentro da instituição que é um dos principais pontos de apoio do seu regime.

"Não aceitamos, por nenhum aspecto, que estrangeiro nos dirijam desde fora. Nós podemos aceitar a cooperação internacional de qualquer país aliado. Podemos receber qualquer conselho, mas não nos deixamos ser mandados por ninguém", declarou Ceballos.

Depois do discurso no Forte Tiuna, Maduro liderou os militares em uma marcha até o Ministério da Defesa.

Guaidó é representante legal da Venezuela nos EUA

O Tribunal de Apelações do Distrito de Colúmbia (EUA) determinou, nesta quarta-feira (1º) que somente o líder da oposição e presidente interino, Juan Guaidó, pode exercer a representação legal do Estado da Venezuela no território dos Estados Unidos – um revés para Maduro.

Em uma ordem judicial, a Corte de Apelações explicou que Guaidó é reconhecido na esfera judicial nos EUA como presidente interino da Venezuela porque o Executivo americano tomou a decisão política de lhe conceder tal status em 23 de janeiro.

"O governo que deve ser considerado aqui como representante de um Estado estrangeiro é uma questão política e não judicial", indicou a Corte de Apelações, citando decisões anteriores que estabeleceram a jurisprudência para este caso.

Casa de Leopoldo López é revistada

A casa do líder da oposição Leopoldo López foi "invadida e roubada", segundo denunciou a esposa do político, Lilian Tintori, nesta quarta-feira.

"Entraram em nossa casa, como delinquentes, sem ordem de busca e sem a nossa presença. Destruíram a casa e roubaram nossas coisas", escreveu ela no Twitter, contando que a invasão teria ocorrido na terça à noite.

Lilian e López estão na residência do embaixador de Espanha em Caracas, Jesus Silva Fernandez, onde foram recebidos, embora não tenham requerido asilo político.

O líder da oposição foi detido em 2014 e até segunda-feira estava em prisão domiciliar. Segundo seu relato, funcionários do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência) que se juntaram a Guaidó o libertaram na madrugada de terça-feira.

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