Washington (Reuters) O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, afirmou ontem que o Irã não poderá ter armas nucleares e enfrentará "conseqüências significativas" se insistir em desafiar a comunidade internacional.
"O regime iraniano precisa saber que se continuar em seu rumo atual a comunidade internacional está preparada para impor conseqüências significativas", afirmou Cheney, durante discurso ao grupo de lobby pró-Israel Aipac, em Washington.
Cheney também frisou que os Estados Unidos mantêm todas as opções sobre a mesa, incluindo a força militar, em sua determinação de evitar que o Irã desenvolve armas nucleares.
"De nossa parte, os EUA mantêm todas as opções sobre a mesa(...) Não permitiremos que o Irã tenha armas nucleares."
Por outro lado, o Irã prometeu se transformar em um "campo de morte" para qualquer agressor externo, em resposta ao alerta americano de que haverá "graves conseqüências" se o país não frear seus planos atômicos. No domingo, o embaixador americano na Organização das Nações Unidas, John Bolton, havia afirmado que os EUA estavam "reforçando suas medidas de defesa" para impedir o desenvolvimento do programa nuclear iraniano, que o Ocidente suspeita ter por finalidade fabricar bombas atômicas e não apenas gerar energia.
Gholamali Rashid, vice-chefe das forças armadas iranianas, afirmou que os Estados Unidos não sabem como operar na região do Golfo. "As Forças Armadas do Irã, com sua experiência de guerra, vão fazer desta terra um campo de morte para qualquer agressor inimigo", afirmou Rashid à agência de notícias oficial IRNA.
Embora os Estados Unidos e Israel tenham afirmado que a diplomacia é o melhor caminho para resolver o impasse, nenhum dos países descartou a opção de uma campanha militar.