O Conselho de Defesa do Estado (CDE) do Chile informou que conseguiu apreender em Miami documentos do ex-ditador Augusto Pinochet sobre contas bancárias no valor de US$ 1 milhão. Os fundos foram congelados e seriam trasferidos para o Chile.

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O órgão declarou que "graças às diligências feitas em Miami pelos advogados particulares do escritório jurídico Greenberg-Traurig, houve a apreensão e posterior transferência ao Chile de fundos da sociedade Eastview Finance S.A, da qual Pinochet é proprietário. Ele mantinha fundos em duas contas em uma instituição bancária com sede em Miami, cujo nome deve ser omitido por razões de procedimento".

A ação judicial foi solicitada pessoalmente pela presidente do CDE, Clara Szczaranski, ao lado da procuradora fiscal de Santiago, María Teresa Muñoz, e por meio do advogado Pedro Martínez Fraga, representante do órgão nos Estados Unidos.

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A diligência foi feita depois que a Corte Federal do Distrito Sul da Flórida ordenou a várias entidades bancárias que entregassem ao CDE a documentação relativa às contas do general Pinochet e de ex-militares chilenos. As informações são da Ansa.

Na quinta-feira, a mulher e o filho mais novo de Pinochet foram presos, como cúmplices de fraude, no escândalo de contas secretas que o ex-ditador manteve no banco Riggs, dos Estados Unidos, e em uma dezenas de outras instituições financeiras no exterior.

O juiz Sergio Muñoz, que investiga as contas secretas de Pinochet, disse, num documento divulgado nesta semana, que o general deixou de declarar o equivalente a US$ 30,8 milhões - muito mais que os US$ 8,9 milhões conhecidos até agora.

Muñoz calcula que Pinochet e a mulher, Lucía Hiriart, mentiveram US$ 26,9 milhões em contas no exterior - não apenas os US$ 17 milhões detectados em abril.

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