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O Ministério da Saúde do Chile informou nesta semana que a vacina chinesa Coronavac apresentou eficácia de 86% para prevenir a morte por Covid-19 em um estudo com mais de 10 milhões de pessoas que receberam a vacina no país, entre 2 de fevereiro e 1º de maio. O novo número é uma atualização do resultado que havia sido publicado em abril, que indicava eficácia de 80% da Coronavac para prevenir morte pela doença. Os números encontrados no estudo são:
- Eficácia de 65,3% na prevenção de Covid-19 sintomático (67% no estudo anterior)
- Eficácia de 87,0% na prevenção de hospitalizações (85% no estudo anterior)
- Eficácia de 90,3% na prevenção da internação em UTI (89% no estudo anterior)
- Eficácia de 86,0% na prevenção da morte por Covid-19 (80% no estudo anterior)
“Sabemos que, com pelo menos quatro meses de acompanhamento, temos números superconfiáveis e positivos; e por outro lado, [o resultado] nos diz que, apesar de sabermos que existe uma variante da SARS-CoV-2 em circulação, a vacina mantém um desempenho muito adequado”, disse Rafael Araos, assessor do Ministério da Saúde.
A Coronavac é a vacina mais usada na campanha de imunização no Chile. Mais de 14 milhões de doses foram aplicadas até esta quarta-feira. Outras que estão sendo usadas são as vacinas da Pfizer (2,7 milhões de doses aplicadas) e da AstraZeneca (92 mil doses).
O Ministério da Saúde do Chile espera que a vacina chinesa seja aprovada pela Organização Mundial da Saúde em breve. Em conversa com repórteres, a subsecretária de Saúde Pública da pasta, Paula Daza, disse nesta quarta-feira que "provavelmente nos próximos dias, nas próximas semanas, a vacina Sinovac poderá ser aprovada pela OMS" e que "isso irá obviamente permitir que [a Coronavac] seja incorporada nos regulamentos" da União Europeia para a entrada de turistas nos países do bloco.
O Chile vacinou 48% dos seus 19 milhões de habitantes com a primeira dose da vacina. Já estão imunizados com a segunda dose 39% dos chilenos. O número de mortos pela doença diminuiu no último mês, mas ainda não voltou aos níveis observados no início do ano. Os novos casos de Covid-19 voltaram a subir na última semana, depois de três semanas em queda. A média dos últimos sete dias indica cerca de 5,6 mil casos registrados diariamente e 87 mortes.