O Chile buscou a ajuda de agências de segurança estrangeiras para identificar os responsáveis por uma explosão que feriu 14 pessoas em uma estação de metrô na capital Santiago. Nesta quarta-feira, ameaças de bombas e pequenos tumultos estenderam por mais um dia a tensão no país.
O procurador Raul Guzman não quis informar quais países foram contactados, mas disse que o Chile pediu ajuda a "agências internacionais" na investigação dos explosivos. Só neste ano, 29 pequenas bombas ou tentativas de explosão foram registradas em Santiago.
Nesta quarta-feira, uma série de falsas ameaças de bombas e a explosão de dois pequenos artefatos caseiros em supermercados de Viña del Mar elevaram as tensões no país. Uma mulher relatou ter sofrido ferimentos na orelha devido a um dos explosivos, aparentemente criado para fazer muito barulho e causar pouco dano.
Santiago é uma das capitais mais seguras da América Latina, mas moradores têm sido abalados pela série de explosões, especialmente após o caso da segunda-feira, que foi o primeiro com vítimas. Ataques anteriores se limitaram a pequenos explosivos em caixas eletrônicos, igrejas e estações de metrô que não causaram nenhum dano.
Ninguém assumiu a responsabilidade pelo ataque de segunda-feira no bairro de Las Condes. A polícia afirma suspeitar de grupos anarquistas, que reconheceram terem realizado algumas ofensivas no passado.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, reforçou a segurança nas estações de metrô e em diversos locais. Ela prometeu usar as duras leis de segurança da época da ditadura para lidar com o caso.
Para piorar a situação, nesta quinta-feira o Chile lembra o golpe de Estado militar que derrubou o presidente Salvador Allende e marcou o início da ditadura do general Augusto Pinochet. Os Chilenos continuam debatendo o governo de Pinochet e protestos violentos costumam se seguir o aniversário do golpe.