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O Chile vai começar a entregar na próxima segunda-feira o "Carnê Covid-19", um atestado a pacientes que se recuperaram da infecção pelo novo coronavírus e com "altíssima probabilidade" de estarem imunes à doença, informou o ministro da Saúde do país, Jaime Mañalich, nesta quinta-feira (16).
O ministro explicou que esse instrumento "identifica as pessoas que, com altíssima probabilidade, já tiveram a infecção por coronavírus e são imunes a contrair novamente a doença e também não são capazes de transmitir essa doença aos outros", segundo a CNN Chile.
O "Carnê Covid-19" será entregue de forma digital e poderá ser armazenado em dispositivos como celulares e tablets. Com o documento, as pessoas estarão liberadas de todo tipo de quarentena ou restrição, segundo a autoridade.
A ciência ainda não pode afirmar com certeza que a imunidade contra o novo coronavírus adquirida por quem teve a doença é duradoura. No entanto, Mañalich se mostrou confiante. "À luz de outros coronavírus, parece que esta imunidade é permanente. Só o tempo nos permitirá confirmar com propriedade que é efetivamente assim e que a imunidade se prolonga por anos depois da infecção inicial", afirmou o ministro.
O Carnê Covid-19 será entregue aos pacientes chilenos que tiveram infecção pelo vírus confirmada por teste PCR e, depois de 14 dias, não apresentarem mais sintomas respiratórios. Eles também farão o exame de detecção de anticorpos. Aqueles que foram hospitalizados e que receberam alta ainda com sintomas terão que esperar mais uma semana depois da alta.
Profissionais de saúde que trabalham com infectados pelo coronavírus serão testados a cada 15 dias.
Desde a semana passada, o uso de máscaras de proteção é obrigatório no Chile em qualquer meio transporte público ou privado. Nesta quinta-feira, o governo do Chile anunciou que o uso de máscaras será obrigatório também em outros locais, como elevadores de edifícios residenciais ou públicos e lugares fechados ou abertos com mais de dez pessoas, informou a imprensa local.
O Chile registrou 8.807 pessoas infectadas pelo novo coronavírus e 105 mortos. No país sul-americano, 3.299 pessoas se recuperaram da doença.