Os governos do Chile e da Colômbia tomaram medidas diplomáticas em resposta aos ataques aéreos que Israel realizou na Faixa de Gaza nesta terça-feira (31). Gabriel Boric, presidente do Chile, anunciou que convocou seu embaixador em Israel para “consultas” e condenou a expansão das operações militares de Israel em Gaza, alegando que elas estão “violando o Direito Humanitário Internacional”.
Segundo a agência Reuters, o Ministério das Relações Exteriores do Chile emitiu um comunicado nesta terça-feira expressando uma “grande preocupação com as ações israelenses”, considerando-as como uma "punição coletiva" à “população civil palestina em Gaza”.
Além disso, o Chile fez um apelo em seu comunicado pelo “fim imediato das hostilidades”, à libertação de reféns detidos pelo Hamas e à facilitação do trânsito de ajuda humanitária para os cerca de dois milhões de residentes em Gaza.
“Dadas as violações inaceitáveis do Direito Internacional Humanitário que Israel cometeu na Faixa de Gaza, como Governo do Chile, decidimos chamar o embaixador chileno em Israel, Jorge Carvajal, a Santiago para consultas. O Chile condena veementemente e observa com grande preocupação estas operações militares [de Israel]”, escreveu Boric em seu perfil no X (antigo Twitter).
Na mesma linha, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou por meio de suas redes sociais que havia convocado a embaixadora de seu país em Israel, Margarita Eliana Manjarrez Herrera, também para “consultas”.
Petro referiu-se às ações do Estado israelense na Faixa de Gaza, incluindo o ataque aéreo realizado mais cedo por Israel que, segundo informações dos militares israelenses, matou 50 terroristas e um alto comandante do Hamas, como motivos para essa tomada de decisão.
"Decidi chamar para consulta a nossa embaixadora em Israel. Se Israel não parar a massacre do povo palestino, não podemos estar lá", escreveu Petro.