O governo chileno anunciou nesta quinta-feira que acolhe parcialmente as condições exigidas pelos estudantes para iniciar uma mesa de diálogo que destrave um conflito que se estende há quatro meses, e chamou os manifestantes a negociar o quanto antes.
Ao responder publicamente a uma "contraproposta" de diálogo entregue na segunda-feira pelos estudantes, o ministro da Educação, Felipe Bulnes, anunciou que a principal das quatro exigências impostas foi rejeitada: paralisar a tramitação de dois projetos de lei sobre educação enviados ao Congresso.
"Não acreditamos que devemos paralisar a tramitação de projetos que beneficiam mais de 500.000 pessoas", disse Bulnes. Os projetos consistem em rebaixar de 5,6% para 2% os juros do crédito privado ao qual recorrem hoje os universitários para pagar as mensalidades, e permitir a renegociação da dívida para cerca de 110.000 estudantes inadimplentes.
O Executivo, disse Bulnes, também não está disposto a adaptar o calendário escolar e universitário para que os estudantes possam recuperar as aulas perdidas durante as manifestações.
O governo afirmou que fará atas públicas da negociação e disse que aumentará a fiscalização sobre a entrega de recursos estatais a universidades privadas que obtiverem lucros, o que é proibido por lei, mas é burlado por uma série de brechas legais.
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