Os serviços geológicos e de emergência do Chile mantiveram para esta quarta-feira (18) o estado de alerta preventivo em quatro municípios próximos ao vulcão Villarrica, em Araucanía, ao sul do país, cuja atividade aumentou nos últimos dias. A medida decretada pelo Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin) abrange as localidades de Curarrehue, Villarrica, Pucón e Panguipulli.
A atividade do vulcão, de 2.847 metros de altitude e situado a 775 quilômetros de Santiago, aumentou ontem, quando ele lançou uma fumaça escura, que no começo da noite tornou-se incandescente provocando curiosidade entre os turistas que visitam a região.
O estado de alerta está vigente desde o dia 6, quando atividades sísmicas, pequenas explosões e emissões esporádicas de cinzas se intensificaram, e por isso os especialistas não descartam que possa evoluir para períodos mais instáveis.
A Corporação Nacional Florestal (Conaf) proibiu o acesso de turistas ao topo do vulcão e a passagem está restrita a no máximo 2 mil metros, em um setor conhecido como "La Capilla" (A Capela). No entanto, as autoridades locais pediram para que a população mantivesse a calma, pois descartam a possibilidade de uma erupção maior, algo que não ocorre desde 1985.
"O lago de lava é mantido a muitíssima profundidade, enquanto isso não variar a situação se mantém igual", declarou ao jornal "Diário Austral" o prefeito de Pucón, Carlos Barra. Por sua vez, o prefeito de Villarrica, Pablo Astete, ressaltou que é preciso estar preparado, mas que o comportamento do vulcão é conhecido.
O Villarrica, considerado um dos vulcões mais ativos do mundo, mantém uma cratera aberta de 200 metros de diâmetro, que contém um lago de lava com profundidade que varia de 100 a 150 metros. Desde 1558, registrou um total de 49 grandes erupções, segundo dados do Sernageomin.
De acordo este organismo, o Chile tem mais de 2 mil vulcões, sendo que 125 são considerados geologicamente ativos e cerca de 60 tiveram algum tipo de atividade nos últimos 450 anos.