Com a pandemia da Covid-19 sob controle há mais de um mês, o Chile registrou neste domingo uma taxa de resultados positivos por testes de coronavírus realizados inferior a 0,8% pela primeira vez em toda a crise sanitária. A taxa – que reflete o número de casos de infecção por 100 mil testes PCR – foi de 0,76% no país e de 1% na região metropolitana de Santiago, com mais de 8 milhões de habitantes.
O Chile, que nas últimas 24 horas registrou 430 novos casos de Covid-19 em todo o país e 23 mortes, vem melhorando continuamente há várias semanas e também lançou uma das campanhas de vacinação mais bem sucedidas do mundo. Até o momento, mais de 13 milhões de pessoas receberam a dosagem total recomendada pelos laboratórios, mais de 85% da população, tornando o Chile um dos mais rápidos do mundo a imunizar seus habitantes. O país também administrou mais de 1 milhão de terceiras doses de AstraZeneca aos maiores de 55 anos de idade que completaram sua vacinação com CoronaVac, a vacina mais usada em território chileno.
A população voltou parcialmente à normalidade e desfruta de maior liberdade do que em qualquer outro momento desde a chegada do vírus Sars-CoV-2. Todas as comunas do país, que tem 1,64 milhão de casos de Covid-19 e 37.090 mortes desde o começo da pandemia, foram liberados da quarentena total. O toque de recolher foi adiado por duas horas e agora dura cinco horas, da meia-noite às 5 horas.
O número de pacientes em unidades de terapia intensiva é de 577, e há 3.342 casos ativos, muito longe dos mais de 40 mil registrados em abril deste ano, quando o Chile estava passando por uma grave segunda onda de contágio, que levou a rede de saúde à beira do colapso. As fronteiras ainda estão fechadas para turistas desde abril, e um estado de emergência impera até outubro, um regime que permite a imposição de toque de recolher e quarentenas.