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Dezenas de cadáveres começavam a aparecer, devolvidos pelo mar, cinco dias depois de um dos piores terremotos em um século, que matou mais de 800 pessoas | AFP
Dezenas de cadáveres começavam a aparecer, devolvidos pelo mar, cinco dias depois de um dos piores terremotos em um século, que matou mais de 800 pessoas| Foto: AFP

Equipes de resgate concentravam-se nesta quinta-feira nas buscas por corpos, com pouca esperança de encontrar sobreviventes, em algumas áreas do centro e do sul do Chile devastadas pelo trágico terremoto e tsunamis.

Dezenas de cadáveres começavam a aparecer, devolvidos pelo mar, cinco dias depois de um dos piores terremotos em um século, que matou mais de 800 pessoas.

Assustados por novos tremores fortes, moradores do litoral chileno acamparam em morros para fugir de eventuais ondas gigantes.

A presidente Michelle Bachelet disse que o Chile provavelmente vai precisar de ajuda financeira internacional para reconstruir as zonas devastadas, o que pode demorar até quatro anos.

Apesar de o número oficial de mortos permanecer em 802 há 24 horas, centenas de pessoas continuam desaparecidas, o que leva a crer que o número de vítimas fatais vai subir. Centenas de pessoas estavam utilizando redes sociais, como o Facebook, para localizar seus familiares.

Em Constitución, cidade no litoral chileno a 360 quilômetros ao sul de Santiago atingida por três tsunamis que varreram uma ilha onde estavam acampadas centenas de pessoas, equipes de resgate com cães adestrados procuravam corpos.

"Hoje estamos apenas nas operações de buscas de cadáveres. É muito pouco provável encontrar sobreviventes", afirmou à Reuters Humberto Silva, chefe das operações dos bombeiros na localidade de Coquimbo.

Alguns corpos foram levados pelo mar a praias da região, segundo uma testemunha da Reuters. Mergulhadores táticos foram destinados para recolher os corpos.

Apesar de a industria mineradora, crucial na economia chilena, ter retomado suas atividades, a infraestrutura fundamental como refinarias, usinas siderúrgicas e de celulose, fábricas de alimentos e estradas foram bastante danificadas.

"Acredito que (a recuperação vai levar) pelo menos praticamente todo o próximo governo, ou pelo menos três anos do próximo governo", afirmou Bachelet, que vai deixar a presidência na próxima semana, a uma rádio.

"Este é um terremoto devastador, (magnitude) 8,8, afetou seis regiões do país com graus distintos, mas acredito que ainda não temos a dimensão exata dos danos em algumas parte", acrescentou.

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