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O governo do Chile anunciou nesta terça-feira (21) que está oferecendo residência e nacionalidade chilena aos mais de 300 opositores arbitrariamente expatriados pelo governo ditatorial de Daniel Ortega na Nicarágua.
"O governo chileno providenciará os meios legais necessários para oferecer a devida proteção internacional, o que permitirá que residam no país e obtenham a nacionalidade chilena, de acordo com as normas constitucionais e legais que a regulam", informou o Ministério das Relações chilena em comunicado.
Dessa forma, o Chile se junta à Espanha como países que oferecem formalmente a naturalização aos opositores nicaraguenses.
"O governo chileno oferece esta alternativa àqueles que foram injustamente expatriados da Nicarágua e voluntariamente decidirem tomá-la", diz a declaração.
A ditadura nicaraguense provocou nos últimos dias a retirada da nacionalidade de pelo menos 317 pessoas pelas críticas a Ortega. Ainda foram executados a deportação de 222 presos políticos para os Estados Unidos.
"A história do nosso país nos ensinou que a defesa da democracia e dos direitos humanos, e a solidariedade internacional entre os povos, transcendem as conjunturas políticas e fazem parte de padrões civilizacionais essenciais para a vida em sociedade", concluiu o governo chileno no comunicado.
Até o momento, outros governos progressistas da América Latina como a Colômbia, México, Argentina e Brasil não condenaram as ações do governo Ortega ou ofereceram refúgio aos presos políticos nicaraguenses.