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Chilenos celebram Allende nos 40 anos do golpe militar

Em Santiago, manifestantes vestem roupas com a mensagem "onde estão eles?", em referência aos desaparecidos durante o regime militar chileno | REUTERS/Ivan Alvarado
Em Santiago, manifestantes vestem roupas com a mensagem "onde estão eles?", em referência aos desaparecidos durante o regime militar chileno (Foto: REUTERS/Ivan Alvarado)

Milhares de pessoas saíram às ruas de Santiago neste domingo em direção ao Memorial do Prisioneiros Desaparecido para marcar os 40 anos do golpe militar que derrubou o governo do presidente Salvador Allende e deu início a uma ditadura que durou 17 anos e deixou um rastro de milhares de dissidentes mortos.

Empunhando milhares de cartazes com fotografias de cada uma das 3.095 pessoas assassinadas pela ditadura, a multidão avançou por mais de 20 quadras nas proximidades do Palácio de La Moneda, onde Allende suicidou-se para não cair nas mãos dos militares golpistas que invadiram a sede do governo em 11 de setembro de 1973.

A manifestação transcorreu pacificamente durante a maior parte do tempo, mas houve choques entre um grupo de algumas dezenas de manifestantes mascarados e policiais perto do memorial onde se encerraria a passeata. Os encapuzados atiraram pedras e bombas incendiárias na polícia, que revidou com bombas de gás lacrimogêneo. Um grupo tentou incendiar uma agência bancária e um posto de gasolina, mas foi contido pela polícia. Não há informações iniciais sobre detidos ou feridos. Fonte: Associated Press.

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