Veja quem são os mineiros (parte 1)| Foto:
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Veja quem são os mineiros (parte 2)
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A madrugada de ontem foi uma noitada para os chilenos no Brasil. É difícil achar quem não tenha ficado acordado pelo menos até a saída do primeiro mineiro, que ocorreu pouco após a meia-noite. Logo cedo, televisões ligadas para voltar a seguir o resgate.

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"Um bom chileno precisa acompanhar", diz Eduardo Vila, chileno casado com uma curitibana e que trabalha como comerciá­­rio em Pomerode (SC). Ele ficou acordado até as 2h e religou a tevê às 6h30, para saber quantos ha­­viam saído.

"Estou informado minuto a minuto", confessa também o es­­tudante chileno Cristian Vigo­­re­­na, que mora em Curitiba.

Ele se envolveu ainda durante os preparativos para o resgate. Por estudar engenharia civil, pesquisou o tipo de solo da mina e se informou sobre a operação, que considera de ponta. "O Chile é um pais minerador, portanto está certo que tenha tecnologia avançada", diz.

Em São Paulo, a comunidade de quase 20 mil chilenos parou para assistir ao resgate, segundo o cônsul Aldo Famolaro. "Como todo mundo, estamos contentíssimos de ver o que está ocorrendo desde ontem, mas para nós, chilenos vivendo fora do Chile, foi uma emoção particular", disse o cônsul, que afirmou não ter dormido até ver o primeiro mineiro sendo retirado do túnel.

"Foi uma emoção particular ver a união de tantos chilenos e tantos amigos do Chile, sejam instituições, pessoas ou governos, que ajudaram a tornar possível esse pequeno grande milagre", afirmou.

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Segundo ele, apesar de não haver um recenseamento recente, o governo chileno estima que até 30 mil chilenos vivam hoje no Brasil. A maioria chegou em meados da década de 70, quando o Chile vivia sob um governo autoritário.

Rua deserta

A mãe de Eduardo Vila, Isabel Ili­­garai, que voltou a morar em San­­tiago após escala de quase 20 anos em Curitiba, conta que fi­­cou acor­­dada até às 1h30, acordou por volta das 4h para checar quantos homens já ha­­viam sido resgatados (eram se­­te), e às 7h30 vol­­tou ao acompanhamento. Quan­­do a reportagem ligou, por volta das 16h (San­­tiago e Brasília têm atualmente o mesmo horário), lá estava ela, em frente à tevê.

"Estamos todos emocionados", contou. "Para se ter uma ideia, lá pelas 22h30 eu e meu marido tiramos o som da tevê por um mo­­mento e, apesar de morarmos muito perto de uma avenida movimentada, não se escutava nada. Não tinha ninguém na rua", conta.