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Ditadura

Chilenos lembram os 40 anos do golpe

Michelle Bachelet (ao centro) e familiares de vítimas da ditadura seguram retratos em cerimônia que lembrou o golpe de 1973 | Ivan Alvarado/Reuters
Michelle Bachelet (ao centro) e familiares de vítimas da ditadura seguram retratos em cerimônia que lembrou o golpe de 1973 (Foto: Ivan Alvarado/Reuters)

O golpe militar que derrubou o governo socialista de Salvador Allende e instituiu a ditadura do general Augusto Pinochet completa 40 anos hoje em meio a uma onda de protestos pedindo por melhorias sociais.

Agora, uma socialista deve assumir novamente o poder (a ex-presidente Michelle Bachelet, que lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições de 17 de novembro). Enquanto isso, uma geração nascida nos anos 1990, após o retorno do país à democracia, toma as ruas para exigir demandas sociais que Allende prometia. "Quarenta anos depois, ele é mais mencionado do que nunca pelos jovens, que inundam as ruas pedindo por educação livre e de qualidade", diz sua filha, a senadora Isabel Allende.

As revoltas do Chile se concentram contra um sistema universitário caro, instalado durante o regime militar de Pinochet, e contra uma grande diferença entre ricos e pobres, que emergiu das políticas econômicas de livre mercado.

Ascensão e queda

Allende foi o primeiro líder marxista eleito nas Américas, em 1970, ao vencer uma eleição com 36% dos votos e tendo diante de si um Congresso hostil. Após assumir, o presidente deu início ao que chamava de "o caminho chileno para o socialismo".

O projeto durou apenas dois anos. Pinochet, morto em 2006, fechou o Congresso, condenou partidos políticos à ilegalidade e enviou forças de segurança para agrupar e matar dissidentes suspeitos.

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