A China afirmou nesta quinta-feira (25) que a passagem de um destróier de mísseis dos Estados Unidos pelo Estreito de Taiwan foi uma provocação que prejudica a paz e a estabilidade na região, e garantiu que suas forças militares monitoraram o navio e responderam aos seus movimentos.
“O Arleigh Burke USS John Finn navegou pelas águas do Estreito de Taiwan em 24 de janeiro com o objetivo de criar agitação e buscar notoriedade”, disse hoje o porta-voz militar Shi Yi, em um comunicado publicado na conta oficial do Centro de Operações do Leste do Exército chinês na rede social Weibo.
Shi afirmou que o Exército Popular de Libertação chinês organizou tropas para seguir e alertar o navio dos EUA, agindo de acordo com a lei e os regulamentos do país. O porta-voz acusou os EUA de realizarem “atos provocativos frequentes que minam maliciosamente a paz e a estabilidade regionais”.
Por outro lado, garantiu que as forças do Centro de Operações do Leste do Exército estão “sempre em alerta” e que “defenderão resolutamente a soberania e segurança nacional e a paz e estabilidade regionais”.
Por sua vez, o porta-voz do Ministério da Defesa Wu Qian informou nesta quinta-feira que as Forças Armadas chinesas organizaram recentemente patrulhas conjuntas de rotina no espaço aéreo e marítimo em torno de Taiwan.
O porta-voz detalhou que as manobras militares visam “elevar o nível de treinamento realista das tropas e reforçar a capacidade de defesa da soberania e integridade territorial do país”.
Wu frisou que a situação real no Estreito de Taiwan é que "a soberania e o território da China nunca foram divididos e que o estatuto jurídico e o fato de Taiwan fazer parte da China nunca mudaram".
A passagem do USS John Finn pelo Estreito de Taiwan marca o primeiro movimento de um navio de guerra dos EUA pela área desde 13 de janeiro, quando a ilha realizou eleições presidenciais nas quais o candidato da situação, o vice-presidente Lai Ching-te, venceu com 40% dos votos.
A questão de Taiwan é uma das maiores fontes de conflito entre China e Estados Unidos, principalmente devido ao fato de Washington ser o principal fornecedor de armas a Taipei e seria seu maior aliado militar em caso de guerra com o gigante asiático.
Pequim considera Taiwan uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang recuaram para lá em 1949, depois de perderem a guerra civil contra o Exército comunista. (Com Agência EFE)