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A China disse que um possível encontro do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com o líder tibetano Dalai Lama vai abalar ainda mais as relações sino-americanas, e prometeu levar adiante as sanções contra empresas dos EUA que vendam armas a Taiwan.

O regime chinês está cada vez mais assertivo na sua oposição aos encontros do Dalai Lama com dignitários estrangeiros, e o tema pode se somar a vários outros entraves nas relações entre as duas grandes potências mundiais da atualidade. Pequim e Washington já têm atritos por casa de assuntos como política cambial, comércio, controles da Internet e Taiwan.

Há especulações de que Obama encontraria o Dalai Lama durante uma visita do líder espiritual budista aos EUA, nos próximos meses. A Casa Branca não confirma publicamente o evento.

A China considera o Dalai Lama como um perigoso separatista, e o dirigente comunista Zhu Weiqun disse que o regime vai se opor veementemente ao eventual encontro.

"Se isso vier a ocorrer, então a China terá forte oposição, como sempre", disse Zhu, cujo Departamento de Trabalho da Frente Única dirige a política do Partido Comunista chinês a respeito de questões religiosas e étnicas.

Segundo ele, o eventual encontro "seria totalmente contrário às práticas internacionais aceitas e iria abalar seriamente a base política das relações sino-americanas". "Se o líder dos EUA escolhe este momento para encontrar o Dalai Lama, isso iria danificar a confiança e a cooperação entre os nossos dois países, e como isso iria ajudar os EUA a superar a atual crise econômica?"

A China elevou o tom das suas críticas ao Dalai Lama desde a repressão violenta do regime a uma série de manifestações de tibetanos em março de 2008. Presidentes anteriores a Obama encontraram-se com o Dalai Lama.

O líder budista diz que busca a autonomia para o Tibete, de onde fugiu em 1959, mas nega ser separatista. A China recentemente manteve negociações com enviados do Dalai Lama, mas com poucos resultados práticos.

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