A China ameaçou neste sábado impor sanções a empresas norte-americanas que vendem armas a Taiwan, e o governo do país aumentou a polêmica sobre uma crise que pode abrir mais rachaduras na já estremecida relação entre os dois países.

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O Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Defesa e o Gabinete Chinês para Assuntos de Taiwan se juntaram em suas ameaças, incluindo a de que as vendas de armas afetariam a cooperação entre China e EUA para importantes assuntos internacionais e regionais.

"Os Estados Unidos devem ser responsabilizados por sérias repercussões se não reverterem imediatamente a decisão errônea de vender armas a Taiwan", disse o vice-ministro das Relações Exteriores da China, He Yafei, ao embaixador dos EUA no país, Jon Huntsman.

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Ele afirmou que Taiwan é o "mais importante e delicado assunto nas relações sino-americanas", em comentários publicados no website da chancelaria.

O governo Obama informou ao Congresso norte-americano na sexta-feira sobre as propostas de vendas de armas a Taiwan, um negócio de até 6,4 bilhões de dólares, incluindo helicópteros Black Hawk, mísseis de defesa Patriot e dois revisados navios antiminas.

"A China também vai impor sanções correspondentes às empresas norte-americanas que participarem da venda de armas a Taiwan", informou o Ministério das Relações Exteriores, sem citar nomes de possíveis companhias afetadas.

A China também vai protelar os contatos militares entre os dois países, assim como consultas ministeriais sobre segurança estratégica, controle de armas e não proliferação nuclear.