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O ditador da China, Xi Jinping, não irá comparecer à posse do libertário Javier Milei na Argentina, neste domingo  (10)
O ditador da China, Xi Jinping, não irá comparecer à posse do libertário Javier Milei na Argentina, neste domingo (10)| Foto: EFE/Juan Ignácio Roncoroni

O Ministério das Relações Exteriores da China anunciou que um enviado especial do ditador chinês, Xi Jinping, comparecerá à posse de Javier Milei como novo presidente da Argentina, no próximo domingo (10).

O porta-voz da pasta, Wang Wenbin, disse em entrevista coletiva que Xi havia nomeado Wu Weihua, vice-presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, o mais alto órgão legislativo da China, como seu enviado especial para o evento. A posse, da qual os representantes chineses participarão a convite do novo governo argentino, será realizada em Buenos Aires.

Após a vitória do candidato libertário nas eleições, Xi enviou uma mensagem de parabéns a Milei por sua eleição como presidente da Argentina e expressou sua disposição de trabalhar com ele para "promover a amizade e a cooperação entre os dois países".

Durante a campanha, o economista argentino garantiu que "não faria negócios com a China" e afirmou que o corte das relações com o gigante asiático "não seria uma tragédia macroeconômica". O Ministério das Relações Exteriores da China declarou no mês passado que seria um "grande erro" para a Argentina cortar os laços com "países tão grandes quanto Brasil e China", uma possibilidade sugerida nos últimos meses por Milei e alguns de seus colaboradores.

Pequim e Buenos Aires mantiveram boas relações nos últimos anos: a Argentina aderiu no ano passado à Nova Rota da Seda, a principal iniciativa econômica internacional da China para consolidar sua influência por meio da infraestrutura, embora ainda não se saiba se continuará a fazer parte dela com o governo resultante das últimas eleições.

Por sua vez, a China tem investimentos na Argentina em áreas estratégicas como infraestrutura e mineração, além de um acordo de swap cambial pelo qual o país paga à Argentina por suas exportações em yuans e não em dólares. (Com Agência EFE)

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