O ditador chinês Xi Jinping defende a adesão de outros países emergentes no bloco para “contribuir no desenvolvimento”| Foto: EFE/ Chema Moya
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O ditador da China, Xi Jinping, expressou seu apoio à expansão do bloco de economias emergentes Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na XV cúpula de chefes de Estado e de governo do grupo, que começou nessa terça-feira (22) na cidade sul-africana de Joanesburgo.

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"Forjaremos associações estratégicas do Brics mais fortes", disse em um discurso lido por seu ministro do Comércio, Wang Wentao, na Sessão de Líderes do Fórum Econômico da cúpula, da qual o líder chinês esteve ausente sem explicação oficial.

“Vamos expandir o modelo Brics Plus, vamos avançar ativamente na expansão da adesão, vamos aprofundar a solidariedade e a cooperação com outros mercados emergentes e países em desenvolvimento”, afirmou o ministro.

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O Brics Plus é uma proposta criada pela China em 2017 com o objetivo de unir o bloco a outros países emergentes, que são convidados a participar das cúpulas, formando uma cooperação entre as partes.

Segundo Jinping, não se trata de um "exercício" para pedir a outros países que "tomem partido" nem para "criar blocos de confronto", mas sim "um esforço para ampliar a arquitetura de paz e desenvolvimento" no mundo.

"Seja qual for a resistência que surja, os Brics são uma força positiva e estável para o mundo. Continuaremos crescendo", disse.

O fórum econômico foi o ponto de partida para a cúpula, que acontecerá até a próxima quinta-feira (24), e contou ainda com discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus homólogos da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e da Rússia, Vladimir Putin (por videoconferência), bem como do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

“As economias do Brics se tornaram motores poderosos do crescimento global”, disse Ramaphosa, anfitrião da reunião.

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A expectativa é que os líderes do bloco aprofundem nesta quarta-feira (23), em sessão plenária, o tema da ampliação, um dos grandes temas da reunião do Brics em Joanesburgo.

Cerca de 40 países manifestaram interesse em ingressar no bloco, segundo o governo sul-africano, que recebeu "manifestações formais de interesse de líderes de 23 países", incluindo Argentina, Bolívia, Argélia, Indonésia e as ditaduras do Irã, Arábia Saudita, Cuba, Honduras, Venezuela.

O bloco, que ainda não chegou a um acordo sobre os critérios de admissão, busca mais peso nas instituições internacionais, até então dominadas por EUA e Europa.

Brasil, Rússia, Índia e China criaram o grupo Bric em 2006, ao qual a África do Sul se juntou em 2010, acrescentando a letra S à sigla.

O bloco representa atualmente mais de 42% da população mundial e 30% do território do planeta, além de 23% do Produto Interno Bruto (PIB) e 18% do comércio global. (Informações da Agência EFE)

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