A China apresentou às Nações Unidas uma reivindicação detalhada de soberania das ilhas Diaoyu - chamadas de Senkaku pelo Japão -, depois do clima de tensão criado nesta semana quando aviões militares dos dois países sobrevoaram o arquipélago.

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O Ministério das Relações Exteriores da China informou neste sábado (15) em seu site que no documento, entregue nesta sexta-feira (14) à ONU, o governo de Pequim reivindica as águas territoriais além de sua zona econômica exclusiva de 200 milhas.

O documento menciona, além disso, que as características geológicas respaldam a reivindicação chinesa.

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O anúncio foi feito dois dias depois de um avião militar chinês entrar no espaço aéreo das ilhas, o que fez com que Tóquio enviasse à zona oito caças F-15 e um avião de alerta rápido E-2C, quando o gigante asiático lembrava o 75º aniversário do Massacre de Nanquim, cometido por tropas japonesas.

Em setembro, aumentou a disputa sobre o arquipélago, que também é reivindicado por Taiwan, quando o governo japonês nacionalizou três das ilhas e despertou uma onda de protestos na China.

Naquele mesmo mês, o governo chinês anunciou que apresentaria à ONU uma "proposta parcial" para reivindicar sua soberania.

Situadas a 150 quilômetros a nordeste de Taiwan e a 200 a oeste do arquipélago japonês de Okinawa, as ilhas Diaoyu/Senkaku, cujas águas podem contar com grandes recursos marítimos e energéticos, são motivo de disputa entre China, Japão e Taiwan durante décadas.

O governo da China alega que o Japão se apropriou ilegalmente das ilhas, que são desabitadas e têm um território de apenas 7 quilômetros quadrados, durante a guerra sino-japonesa de 1894-95, e que "seu argumento de que são parte de seu território é totalmente insustentável".

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