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O governo do ditador da China, Xi Jinping, já afirmou em diversas ocasiões seu interesse em dominar a ilha
O governo do ditador da China, Xi Jinping, já afirmou em diversas ocasiões seu interesse em dominar a ilha| Foto: EFE/EPA/Ng Han Guan

O Partido Comunista da China (PCC) afirmou nessa terça-feira (12) que criou um projeto para aprofundar a integração de Taiwan ao país, apresentando "benefícios" de uma relação mais próxima entre a província chinesa de Fujian e a ilha.

No entanto, o anúncio foi feito ao mesmo tempo em que o governo do ditador Xi Jinping aumenta a frota de equipamentos navais e aéreos ao redor do território autônomo.

No início dessa semana, autoridades de Taiwan disseram que um porta-aviões e cerca de 24 navios de guerra foram avistados na região .

Segundo o PCC, a província de Fujian promete ser a "primeira casa para residentes e empresas taiwanesas se estabelecerem na China", com incentivos industriais e participação na bolsa de valores chinesa.

De acordo com a emissora americana CNN, o plano foi recebido por especialistas chineses como um "bom objetivo para o desenvolvimento chinês".

Apesar de nunca ter controlado diretamente a ilha, a China reivindica Taiwan como parte de seu território e já afirmou que, se necessário, faria uso da força para tomar o poder administrativo no território.

Ao mesmo tempo em que mostra um lado mais agressivo, o governo chinês também tenta criar oportunidade de negócios com a ilha, buscando uma relação mais "natural" entre as partes.

Nesta quarta-feira (13), o legislador taiwanês Wang Ting-Yu, do Partido Democrático Progressista, disse que a proposta da China é "ridícula".

“A China deveria pensar em como pode cuidar das suas dívidas incobráveis, mas não em como pode conduzir o trabalho de frente unida contra Taiwan”, afirmou.

O plano de tornar Fujian uma zona de integração já havia aparecido em documentos chineses em 2021, mas nenhum detalhe sobre o assunto foi divulgado. As discussões sobre o "projeto" iniciaram somente neste ano em fóruns entre Taiwan e a China.

Participação dos EUA

Adversário da China, os EUA buscam uma aproximação cada vez maior com Taiwan.

No final de julho, a Casa Branca anunciou um pacote histórico de US$ 345 milhões em ajuda militar para Taiwan em meio às tensões entre o governo americano e chinês. Na ocasião, foi autorizado o envio de equipamentos militares do inventário do próprio Pentágono para a ilha.

A ação não foi bem recebida pela China, que deixou clara a insatisfação com a parceria. "A ajuda militar dos EUA 'alimenta' o complexo militar americano, mas prejudica a segurança e o bem-estar dos cidadãos de Taiwan", disse o porta-voz do Ministério da Defesa chinesa, Wu Qian.

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