Os governos da China, da Arábia Saudita e do Brasil fizeram críticas públicas a Israel por cercar a Faixa de Gaza, cortar o fornecimento de eletricidade e ordenar o deslocamento da população do norte para o sul do território palestino. Enquanto isso, os Estados Unidos têm apoiado a contraofensiva israelense e feito esforços diplomáticos para evitar o alastramento do conflito
O chanceler chinês Wang Yi disse ao chanceler saudita, o príncipe Faisal bin Farhan, que "as ações de Israel já passaram da auto-defesa e o país deveria ouvir conscientemente os apelos da comunidade internacional e do secretário-geral das Nações Unidas e pôr fim à punição colectiva do povo de Gaza".
Wang Yi disse que Pequim deseja se unir aos países árabes para "apoiar a causa justa da restauração dos direitos nacionais palestinos". A fala aconteceu no sábado (14) num contexto de polarização internacional em que a China e a Rússia tentam afastar a Arábia Saudita dos Estados Unidos e atrair o país para a sua esfera de influência principalmente por sua influência no mercado mundial de petróleo.
Já o príncipe Mohammed Bin Salman, o líder de fato da Arábia Saudita, encontrou o Secretário de Estado americano, Anthony Blinken neste domingo (15). Segundo a imprensa oficial saudita, ele disse ao americano rejeitar que "civis sejam visados de qualquer forma" ou "haja obstrução à infraestrutura e aos interesses vitais que afetam suas vidas diárias". A afirmação foi interpretada por analistas internacionais como uma referência ao cerco imposto por Israel à Faixa de Gaza.
Israel vem ordenando a evacuação de civis da região norte, pois pretende focar sua invasão terrestre na Cidade de Gaza, de onde as lidenças do Hamas governam o território.
O objetivo de Israel seria evitar que membros da população civil sejam mortos ou feridos. Mas o cerco e a falta de eletricidade estão dificultando o atendimento de feridos e doentes em hospitais. Necrotérios estão superlotados a ponto de caminhões de sorvete estarem sendo usados para armazenar corpos, segundo mostram imagens divulgadas pelas redes BBC e Al Jazeera.
Já autoridades palestinas dizem temer que a população não seja mais autorizada a retornar à região. Terroristas do Hamas estão impedindo o deslocamento da população, segundo Israel.
A assessoria de Blinken disse sobre o encontro com Salman que "os dois afirmaram seu compromisso conjunto de proteger civis e promover a estabilidade no Oriente Médio.
A ONU já havia criticado a decisão de Israel de ordenar o deslocamento de cerca de um milhão de pessoas do norte para o sul da Faixa de Gaza. O porta-voz do secretário-geral Antônio Guterres, Stéphane Dujarric havia dito que essa ação seria "impossível sem consequências humanitárias devastadoras". A ONU tem se referido à dificuldade de deslocamento de idosos, crianças e feridos em um curto período de tempo.
O governo brasileiro divulgou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, por telefone. Ele teria criticado o cerco que impede a chegada de ajuda humanitária até a Faixa de Gaza. Lula teria afirmado que inocentes “não podem pagar o preço da insanidade daqueles que querem a guerra.”
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Deixe sua opinião