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Os ditadores da Venezuela, Nicolás Maduro, e da China, Xi Jinping, se encontraram nesta quarta-feira (13) no Grande Salão do Povo, em Pequim, capital do país asiático, onde conversaram sobre as relações diplomáticas e comerciais entre os dois países.
Durante as conversas, os dois ditadores concordaram em fortalecer e atualizar os laços entre seus países, enfatizando o compromisso de “defender interesses comuns e ampliar a cooperação e solidariedade mútua” entre as duas nações.
A visita de Maduro à China marcou sua primeira viagem ao país desde 2018 e encerrou sua jornada, que incluiu paradas em cidades como Shenzhen e Xangai e a província de Shandong.
Ao todo, 31 acordos de cooperação foram assinados entre as duas nações nesta quarta. Esses acordos abrangem uma ampla gama de áreas, desde agricultura até cultura, passando por economia, comércio, energia, mineração, educação, ciência, tecnologia, indústria e desenvolvimento aeroespacial.
Através de sua conta no X (novo nome do Twitter), o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, afirmou que as conversas entre Maduro e Xi Jinping resultaram em um acordo que elevou as relações bilaterais entre China e Venezuela para uma "parceria estratégica de pleno direito".
Um dos pontos mais destacados do encontro foi o comprometimento da Venezuela em apoiar a iniciativa chinesa conhecida como Nova Rota da Seda, um projeto do país comunista que visa fortalecer sua infraestrutura global de comércio e ampliar sua influência política.
Além disso, ambos os países concordaram em intensificar a comunicação entre seus regimes, aprofundando ainda mais as relações bilaterais que foram estabelecidas em 1974 e amplamente fortalecidas durante o regime do falecido ditador venezuelano Hugo Chávez (1999-2013).
O ditador Maduro, por meio das redes sociais, declarou que as duas nações estão começando a escrever uma “nova história em suas relações”, demonstrando otimismo em relação ao futuro da cooperação sino-venezuelana.
Atualmente, a China é o principal credor da Venezuela, com empréstimos totalizando cerca de US$ 50 bilhões (R$ 245 bilhões na cotação atual), que estão sendo pagos principalmente com remessas de petróleo, considerando as vastas reservas venezuelanas. (Com Agência EFE)