A marinha do Exército de Libertação Popular da China afirmou nesta quarta-feira (20) que está recrutando estudantes pós-graduados no país para pilotar aeronaves de guerra em navios porta-aviões. A nova ação, segundo o Ministério da Defesa, visa qualificar seu pessoal aéreo e construir um “exército forte”.
Segundo a agência Reuters, além de atualizar o equipamento de guerra, o governo chinês busca também melhorar o "calibre" de seus recrutas, uma vez que o serviço militar é uma carreira tradicionalmente escolhida por pessoas que não cursam o ensino superior.
A medida foi anunciada por meio de um canal da marinha nas redes sociais. No comunicado, o órgão da Defesa afirmou que estava procurando "estudantes de pós-graduação com mestrado em ciências e engenharia, com menos de 26 anos para pilotar aeronaves em navios".
A estratégia de buscar jovens mais qualificados começou a ser implementada pelo governo de Xi Jinping no ano passado, quando foi anunciado, pela primeira vez, o recrutamento de estudantes de graduação com menos de 24 anos.
De acordo com a Reuters, antes disso, o ingresso na vida militar era limitado a homens que saíam do ensino médio e tinham 20 anos ou menos.
Entre os requisitos para a entrada no exército chinês estão a obrigatoriedade de ser do sexo masculino e ter um “histórico político limpo", sem questões jurídicas ou disciplinares, diz o anúncio.
O treinamento da marinha chinesa inclui de três a quatro anos de teoria de aviação e treinamento prático. Alguns dos benefícios dos pilotos que ingressam no serviço militar são o acesso a cuidados médicos gratuitos para toda a família e alojamento fornecido pelo regime.
A China afirmou recentemente que está desenvolvendo seu terceiro porta-aviões, o Fujian, já em estágios finais de testes no mar, antes de ser oficialmente listado no serviço operacional do exército.
A ditadura de Xi Jinping tem anunciado diversas ações que envolvem o ministério da Defesa, em meio ao aumento de tensões com a nação independente de Taiwan.
Na última semana, o Partido Comunista da China (PCC) apresentou um projeto para aprofundar a integração da ilha ao país, citando os "benefícios" de uma relação mais próxima do governo taiwanês e a província chinesa de Fujian.
No entanto, o anúncio foi feito ao mesmo tempo em que o regime chinês aumentou a frota de equipamentos navais e aéreos ao redor do território autônomo.
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