A China vai incluir pacientes assintomáticos em sua contagem de casos confirmados de coronavírus a partir de 1º de abril, informou a Comissão Nacional de Saúde nesta terça-feira (31). O país também vai ampliar a triagem desses pacientes e expandirá os testes para tentar impedir, o quanto antes, que eles contaminem mais pessoas.
As medidas foram tomadas porque a China está preocupada com um novo surto doméstico da Covid-19, especialmente com a transmissão por pessoas assintomáticas. Nesta terça-feira, o país teve um aumento nos novos casos confirmados de coronavírus, revertendo quatro dias de queda, devido a um aumento nas infecções envolvendo viajantes que chegam do exterior. Foram registrados 48 novos casos, elevando o total de casos importados no país a 771.
Assintomáticos
A Comissão Nacional de Saúde informou que atualmente está monitorando 1.541 pessoas infectadas que não têm sintomas da doença, das quais 205 são casos importados.
"É importante determinar a fonte da infecção o mais rápido possível em casos individuais e iniciar procedimentos de isolamento e observação médica para contatos próximos", disse o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, na segunda-feira.
O governo comunista chinês ressaltou a importância de priorizar o monitoramento, rastreamento, isolamento e tratamento de casos assintomáticos para consolidar os esforços de contenção epidêmica do país.
Segundo a comissão, os casos assintomáticos, após testes positivos, devem ser isolados e submetidos a observação médica. As autoridades foram orientadas a "divulgar informações públicas de maneira transparente e evitar subnotificação ou atraso nos relatórios de casos confirmados".
Dados do governo chinês, divulgados pelo jornal South China Morning Post, sugerem que mais de 43 mil pessoas na China continental haviam testado positivo para a Covid-19 até o final de fevereiro, mas não apresentavam sintomas imediatos, ou seja, o equivalente a um terço de todos os casos confirmados - embora essas pessoas não tenham sido incluídas na contagem oficial.
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