Às vésperas de trocar a sua cúpula, o governo chinês vem sendo aconselhado a limitar a atuação de suas poderosas empresas estatais, responsáveis por pelo menos um terço da produção econômica e que monopolizam setores como de energia e financeiro.
Um estudo da agência Reuters mostra que a criação de uma política de limites às estatais é prioridade entre as propostas encomendadas recentemente pelo Conselho de Estado (gabinete chinês).
Uma das mudanças sugeridas é aumentar o pagamento de dividendos aos cofres públicos para o financiamento da ainda incipiente rede de proteção social. Hoje, os funcionários estatais estão entre os poucos que gozam de um sistema de aposentadoria.
Para a Câmara Europeia de Comércio na China, a hegemonia econômica das estatais passou a ter consequências cada vez mais nocivas, ao sufocar a competição privada pelo acesso privilegiado a crédito e da dominação dos segmentos onde atuam.
"As estatais têm vantagens regulatórias e de licitação, suprimento abundante de energia barata e matérias primas", afirma um relatório recente da Câmara.
Caso continuem hegemônicas, diz a Câmara, a economia chinesa sofrerá com problemas de ineficiência, produtividade e inovação.