A imprensa oficial da China reportou nesta terça-feira (2) que cinco dos 17 resgatados do navio afundado no rio Yang Tsé morreram, enquanto mais de 400 pessoas ainda estão desaparecidas e as equipes de resgate tentam acessar o interior da embarcação, de onde é possível ouvir vozes e ruídos.
Por enquanto, há apenas 12 sobreviventes entre os 458 ocupantes do navio, entre eles o capitão e o chefe de máquinas, que foram colocados à disposição da polícia, segundo o jornal oficial “Diário do Povo”.
A maioria das pessoas a bordo do navio são turistas do leste da China com entre 50 e 80 anos, e, segundo a publicação local “Oriental Vanguard”, o passageiro mais jovem é uma criança de três anos, enquanto 47 são membros da tripulação.
As equipes de resgate, entre eles mergulhadores e um amplo dispositivo policial com helicópteros e lanchas Zodiac, tentam encontrar mais sobreviventes 15 horas depois do naufrágio, que foi ocasionado por um ciclone no trecho de Jianli, no centro da China, do rio Yang Tsé, às 21h28 locais de segunda-feira (10h28 de Brasília).
O navio, chamado Eastern Star (Estrela de Oriente), pertence a uma companhia de Chongqing, no sudoeste do país, para onde se dirigia desde Nanquim, capital da província de Jiangsu, no leste, quando afundou.
Imagens divulgadas pela imprensa estatal chinesa mostram membros das equipes sobre a quilha do navio afundado, que sobressai da superfície do rio, tentando localizar de qual parte do interior da embarcação vêm os pedidos de socorro dos possíveis sobreviventes.
Os trabalhos de resgate foram dificultados até a manhã desta terça-feira devido ao forte temporal e à falta de luz, de modo que estas são horas cruciais para se intensificar a busca por sobreviventes.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, já chegou ao local para coordenar as tarefas de emergência ao lado do vice-primeiro-ministro Ma Kai e do conselheiro de Estado Yang Jing.
O presidente da China, Xi Jinping, por sua vez, ordenou a intensificação dos trabalhos de resgate e que se aumentem as medidas de segurança nos navios de passageiros e turistas que circulam pelo Yang Tsé. EFE