Os presidentes das Filipinas, Ferdinand Marcos Junior, e dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em encontro na Casa Branca na quinta-feira (11)| Foto: EFE/EPA/Al Drago
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O governo da China convocou o embaixador filipino e o ministro-conselheiro da embaixada japonesa nesta sexta-feira (12) para protestar contra o comunicado conjunto assinado por Estados Unidos, Japão e Filipinas após a cúpula trilateral em Washington, informaram fontes oficiais.

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A cúpula entre EUA, Japão e Filipinas serviu para formalizar uma aliança entre as três partes, com anúncios de maior cooperação em tecnologia, infraestrutura e segurança marítima diante da crescente presença da China no Indo-Pacífico.

Desde que chegou à Casa Branca, em 2021, o presidente Joe Biden tem se dedicado a construir alianças na Ásia e na Oceania, o que levou à criação do pacto militar Aukus (um acrônimo para Austrália, Reino Unido e Estados Unidos) e à reaproximação primeiramente de Japão e Coreia do Sul, e agora de Filipinas e Japão.

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Liu Jinsong, diretor-geral do departamento da Ásia do Ministério das Relações Exteriores da China, transmitiu o descontentamento de Pequim a Akira Yokochi, o segundo no comando da embaixada japonesa, a quem comentou com veemência “sobre os desenvolvimentos negativos do Japão relacionados à China durante as recentes conversas entre os líderes dos EUA e do Japão em Washington”.

Liu, de acordo com uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da China, expressou “sérias preocupações e forte insatisfação” ao diplomata japonês.

O representante chinês também recebeu o chefe da missão filipina em Pequim, Jaime Flor Cruz, a quem transmitiu uma “solene” reclamação “sobre as palavras e ações negativas em relação à China” por parte de seu país durante a reunião na capital dos EUA.

Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores não revelou se também convocou ou planeja convocar o embaixador dos EUA na China, Nicholas Burns.

Além de convocar os diplomatas, o Ministério das Relações Exteriores chinês expressou nesta sexta-feira, por meio de sua porta-voz, Mao Ning, sua “firme oposição” ao comunicado trilateral e acusou os países signatários de “se desviarem dos fatos” e “acusarem maliciosamente a China”.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]