A China criticou a Alemanha e convocou a embaixadora alemã em Pequim para prestar esclarecimentos depois da ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, ter chamado o ditador Xi Jinping de... ditador.
Baerbock usou o termo em uma entrevista à Fox News, concedida durante visita aos Estados Unidos na semana passada. Ao comentar a invasão da Rússia à Ucrânia, a ministra disse: “Se [o presidente russo, Vladimir] Putin vencer esta guerra, que sinalização isso daria para outros ditadores pelo mundo, como Xi, como o presidente chinês?”.
A CNN informou que o governo chinês convocou no domingo (17) a embaixadora da Alemanha na China, Patricia Flor, como protesto pelos comentários de Baerbock.
Na segunda-feira (18), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, disse em entrevista coletiva que a ditadura de Pequim está “extremamente insatisfeita” com a declaração de Baerbock.
“As observações feitas pela Alemanha são extremamente absurdas, infringem gravemente a dignidade política da China e são uma provocação política aberta”, afirmou Mao.
Em junho, quando o presidente americano, Joe Biden, também chamou Xi de ditador, os chineses classificaram a fala do mandatário como “irresponsáveis” e “uma provocação política”.
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